domingo, 29 de março de 2009

Uma análise do e-commerce B2C

Uma análise do comércio eletrônico business-to-consumer.

A última milha

Desafios para Varejistas Online na Entrega B2C.

A Robust Distributed Broker Framework for Trust and Reputation Management

Um sólido quadro de confiança distribuída broker, reputação e gestão. Veja mais...

Moderating the Price Sensitivity of Online Customers

Moderando a sensibilidade aos preços dos clientes online. Veja a matéria aqui.

In-house communication support system utilizing social network

Aumentando a comunicação no mundo real e as relações humanas. Veja o artigo.

O comércio eletrônico C2C

Conhecida pelo mundo da Internet como C2C, abreviação simplificada de “Consumer to Consumer”, a transação on-line realizada entre pessoas físicas é uma espécie de “terceira onda” do comércio eletrônico. No início dos negócios na Internet, predominaram as transações entre empresas; em um segundo momento, assistimos a um forte crescimento das transações entre a empresa e o consumidor, e agora começa a se destacar também o comércio eletrônico realizado diretamente entre pessoas físicas. Essa ordem de evolução faz sentido se considerarmos que as empresas, por sua característica de inovação, estavam inicialmente mais preparadas para desbravar o novo ambiente de negócios. A partir do momento em que as pessoas físicas ganharam confiança na Internet, começaram a transacionar com as empresas e também diretamente com outras pessoas. É interessante lembrar que a economia tradicional também apresenta ambientes de negócios do tipo C2C, como é o caso do jornal Primeira Mão, que possibilita a compra e a venda de produtos por meio de anúncios. Também as vendas de porta em porta, como as promovidas por Avon, Natura e outras, caracterizam-se pela transação entre duas pessoas físicas, embora, nesse caso, exista uma empresa dando respaldo ao vendedor. Na Internet, a grande líder do mercado C2C é a empresa Mercado Livre.

Como funciona o comércio eletrônico C2C?

Os negócios C2C são realizados por meio de uma plataforma eletrônica na Internet e intermediados por uma empresa que oferece a infra-estrutura tecnológica e administrativa. Tanto o comprador quanto o vendedor devem estar cadastrados no sistema e podem ser avaliados por todos os membros da comunidade de negócios pela quantidade de transações que já realizaram e pelas notas que receberam em cada transação, numa espécie de ranking dos bons negociadores. Outro mecanismo que oferece mais segurança aos usuários é o chamado “mercado pago”, um sistema com o qual o Mercado Livre recebe o pagamento do comprador e o transfere ao vendedor, após a entrega normal da mercadoria. Alguns dados sobre o e-commerce C2C, obtidos junto ao Mercado Livre, parecem indicar fortes tendências: apesar de o negócio ter sido iniciado no formato de leilão, atualmente, cerca de 90% das transações no Mercado Livre são realizadas a um preço fixo estabelecido pelo vendedor; além disso, 80% dos produtos oferecidos são novos, diferentemente do que ocorria no início, onde a regra era a comercialização de produtos usados; e, por fim, nota-se, cada vez mais, a presença também de pequenas empresas oferecendo seus produtos.

Razões para o sucesso do comércio eletrônico C2C

A realidade é que os negócios C2C caíram no gosto do brasileiro, assim como já ocorre em outros países, e os números apresentados pelo Mercado Livre, no Brasil, deixam isso muito claro. Mensalmente, cerca de um milhão de transações são concretizadas na plataforma da empresa e, em 2005, as vendas superaram U$ 300 milhões, cerca de 10% das vendas B2C de bens de consumo on-line no Brasil. As principais razões para esse crescente sucesso do C2C são: a possibilidade de uma renda extra para quem vende e as ofertas a preços baixos para quem compra, fatores extremamente estimulantes em um país caracterizado cada vez mais por poucos empregos e baixa renda.

Por: Dailton Felipini é mestre e graduado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. Professor de comércio eletrônico na Universidade Mackenzie. Pesquisador, especialista em e-commerce, consultor e editor do site www.e-commerce.org.br.


sábado, 21 de março de 2009

Comércio eletrônico conquista classes C e D

Hoje mais de 39 milhões de brasileiros têm acesso à internet, sendo que entre eles, 24% utilizam o comércio eletrônico. Os dados, fornecidos pelo Webshoppers em parceria com o e-bit, ainda apontam que os produtos eletrônicos, seguido dos livros, revistas e jornais, foram os mais vendidos no último Natal, 17% e 16% das vendas respectivamente. O mercado virtual, antes praticamente restrito às classes A e B – que tinham acesso à internet, agora se abre para consumidores de classes sociais mais baixas. A democratização da internet, a possibilidade de comparação de preço sem sair de casa e o acesso a produtos antes não encontrados no comércio local, somado ao avanço no poder de compra das classes C e D são, segundo alguns especialistas, o motivo do crescimento em regiões menos desenvolvidas, como Norte e Nordeste do país.

“Nos últimos cinco anos o mercado apresentou crescimento de aproximadamente 45% e o resultado é, em grande parte, em função do crescimento nas vendas para consumidores de baixa renda e nos estados menos desenvolvidos”, explica Gerson Rolim, diretor executivo da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. O mercado, que movimentou R$ 6.3 bilhões no Brasil em 2007, segundo publicação da e-bit em parceria com a camara-e.net, espera chegar na casa dos R$ 10,5 bi até 2010, o que é bastante representativo para um mercado online relativamente novo, como é o brasileiro. A expectativa é que o número de e-consumidores chegue a 10 milhões até o final deste semestre.

Uma das empresas que tem acreditado no potencial desse mercado é o shopping virtual Tradepar (www.tradepar.com.br), criado em Curitiba em 2004. O site já conta com mais de 70 lojas de todo o Brasil e hoje já comemora mais de 750 mil visitantes e oito milhões de page views mensalmente, além do crescimento diário de 3%. “O e-comércio é promissor e estamos nos adaptando às demandas atuais para satisfazer o cliente, investindo muito em segurança e conforto na hora da compra”, afirma Edson Vieira, diretor do shopping virtual.

Segurança na internet

Quando o assunto é compra online a segurança é sempre importante. Hoje em dia muitas pessoas se utilizam da facilidade de construir uma loja e vender produtos na internet para aplicar golpes. O diretor do Tradepar explica que grande parte dos sites comparativos de preço trabalha com códigos de isenção de responsabilidade em relação às lojas anunciadas. Com isso, não respondem por possíveis fraudes na hora da compra. “Isso prejudica a imagem da venda online de maneira genérica. Os shoppings virtuais sérios trabalham constantemente para oferecer um espaço seguro na internet, em que anunciantes e clientes possam confiar”, explica.

Vieira destaca que o foco do Tradepar não é ser um comparativo de preços, como os grandes sites de venda online, mas sim oferecer segurança e qualidade aos seus clientes. “A maioria das nossas lojas anunciantes existe fisicamente. Antes de entrar para o shopping, a loja é submetida a uma pesquisa sobre a sua idoneidade e procedência. Buscamos lojas sérias, com políticas claras de entrega e devolução de produtos. Desta forma, ganhamos a confiança dos clientes, que passam a comprar na internet com mais tranqüilidade”. Outro diferencial de alguns shoppings virtuais, como o Tradepar, é que os anunciantes fecham contratos semestrais e anuais, o que não acontece na maioria dos casos, em que a loja paga por clique e tem um vínculo menor com o site ou portal de vendas.

Um movimento que está ficando conhecido na web é o Internet Segura (Internetsegura.org), que incentiva a participação coorporativa em prol da segurança na rede. Lá é possível encontrar dicas de como se proteger na internet, entender os termos utilizados pelos sites (adware, assinatura digital, ataque etc.) e ter acesso à central de apoio ao internauta, em que é possível fazer perguntas específicas e tirar dúvidas.

Na opinião de Rolim, da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, comprar nas lojas “offline” oferece tantos riscos ou mais do que na internet “Ir ao shopping também pode ser perigoso. Acidentes no trânsito, roubos na loja, clonagem de cartão, tudo isso pode acontecer”, afirma. “Por isso garanto que comprar na internet é seguro, o cliente precisa apenas tomar alguns cuidados, como em qualquer outro estilo de compra” completa.

Dicas básicas para se proteger antes de comprar na internet:

1) É seguro preencher cadastros em sites que usem pelo menos SSL como criptografia de dados. O SSL é uma conexão segura (endereços iniciados em https:// e com o cadeado ativado). Clique no cadeado e verifique se a informação do certificado corresponde com o endereço na barra de endereços do navegador;

2) É seguro baixar arquivos em sites conhecidos e que tenham política de privacidade e segurança claras;

3) É seguro fazer operações de Internet banking direto no site do banco. Sempre entre no Internet Banking digitando o endereço no navegador. Jamais utilize links de e-mail ou bookmarks (favoritos);

4) É seguro fazer compras com cartões de crédito em lojas virtuais com marcas reconhecidas;

5) É sempre bom procurar por lojas que tenham alguma referência no mercado e com canais de atendimento ao consumidor;

6) Certificação Digital - o uso de uma identidade digital, ou certificado digital, favorece a segurança de uma comunicação ou transação on-line, pois através delas, fica garantido a identidade do usuário.

Fonte: Paranashop

sábado, 7 de março de 2009

A vez da baixa renda no e-commerce

Os consumidores das classes C, D e E representam 72% do mercado potencial do comércio eletrônico em São Paulo, segundo pesquisa recente do Data Popular e da McCann Ericksonn. O número representa a proporção de pessoas da baixa renda entre os consumidores que têm os meios de fazer compras pela Internet (possuem computador e cartão de crédito) mas nunca fizeram.

Para Renato Meirelles, coordenador da pesquisa, este número indica que o e-commerce no Brasil ainda tem muito potencial de crescimento. “Só na cidade de São Paulo, são 3,1 milhões de pessoas com computador e cartão de crédito que nunca compraram pela internet, sendo que 2,2 milhões delas estão nas classes mais pobres”, comenta o executivo. “E esta não é uma tendência isolada em São Paulo. No Brasil todo, a venda de computadores está aumentando, devido à expansão do crédito, e a baixa renda já detém 67% dos plásticos do país”, completa Renato.

Outro ponto que reforça esta tese é de que a baixa renda impulsionará as vendas de computadores. “Em 2007, em função das classes populares, a venda de computadores foi 30% maior do que de televisores”, complementa o executivo.

A expectativa, segundo Meirelles, é que este mercado ainda aumente muito, à medida que os novos consumidores em potencial se familiarizarem com o ambiente virtual para se sentirem seguros em comprar pela rede. As dúvidas com relação à segurança dos dados pessoais e à entrega dos produtos ainda são os principais obstáculos para o crescimento do e-commerce. De acordo com a pesquisa, em comparação às classes AB, o acesso à internet e aos meios de pagamento é uma novidade para a base da pirâmide.

“Esse público não confia em algo que não pode tocar, além de as notícias sobre fraudes virtuais fazerem com que o consumidor tema divulgar o seu número de cartão, não receber o produto, ou simplesmente comprar errado e não conseguir trocar”, explica o consultor. De acordo com a pesquisa, o principal desafio é tornar o e-commerce tão confiável quanto o varejo. “Essa é uma relação que ainda precisa ser construída e nesse momento, conquistarão o mercado on-line as empresas que souberem usar a Internet da maneira mais adequada a esse público”, finaliza.


Fonte: www.consumidormoderno.com.br