domingo, 24 de maio de 2009

Varejo eletrônico resiste à crise

Comércio virtual deve crescer dois dígitos em 2009, após alta de 40% ao ano nesta década

Enquanto o varejo tradicional cresce de forma praticamente vegetativa no país, o avanço da internet criou um segmento empresarial que caminha com passadas bem mais largas. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que em 2008 o faturamento das lojas físicas cresceu 14% nominalmente (sem descontar a inflação), enquanto suas parentes virtuais fecharam o ano com acréscimo de 30%, com receita R$ 8,2 bilhões no ano.

Esse resultado, embora mais lento do que em anos anteriores – em 2006 o comércio eletrônico cresceu 76% –, é parte de um processo longo de crescimento que foi superior a 40% ao ano desde o início da década, segundo a consultoria e-bit. O decréscimo da curva em 2008 é natural em novos mercados, segundo analistas do setor, que também apostam que o comércio eletrônico vai passar ao largo da crise econômica, com expansão de dois dígitos por pelo menos mais cinco anos.

Um dos fatores para esse fenômeno é a concentração típica de um mercado novo. O e-commerce brasileiro ainda tem cerca de 50% do mercado nas mãos de uma única empresa, a B2W, que congrega as gigantes Americanas.com, Submarino e Shoptime. No entanto, dados da e-bit indicam que a descentralização já começou a ocorrer. Depois de grandes redes como Magazine Luiza, Saraiva e Ponto Frio, a entrada mais recente de Wal-Mart e Casas Bahia na concorrência ajuda a pulverizar o varejo eletrônico.

Ao contrário do que muita gente pensa, o varejo virtual não apresenta conflito ou ameaça ao comércio físico tradicional, na avaliação do diretor comercial da e-bit, Maurício Salvador. Ele diz que as duas modalidades de varejo se complementam. Há consumidor que vai à loja física para ver pessoalmente o produto e seus detalhes, como cor e acabamento de uma determinada geladeira, mas acaba fechando negócio pela rede. E há aquele que faz uma ampla pesquisa pela web, para achar o produto que se encaixe em suas necessidades, mas depois se dirige ao comércio físico e fecha a compra pessoalmente.

“No e-commerce, o cliente é capaz de pesquisar preços em 20 lojas de uma vez só. Para fazer isso presencialmente, ele levaria dias. Mas isso não significa que ele vai comprar on-line”, ressalta.

No mesmo caminho, o professor da FGV-Eaesp Alberto Luiz Albertin, que organiza a pesquisa de Comércio Eletrônico do Mercado Brasileiro, diz que o consumidor não busca apenas preço baixo na web – a pesquisa aponta que o principal valor do varejo eletrônico é a comodidade. “Claro que existe uma parcela dos consumidores que migrou do comércio tradicional para o on-line, mas também há uma geração de demanda criada exclusivamente pelo comodismo do meio eletrônico. E isso se vê também no varejo tradicional: tem gente que adora fazer supermercado, tem gente que odeia. A web se tornou uma opção a mais para essas pessoas que não suportam filas, por exemplo.”

Relacionamento

A segurança nas transações financeiras é tão importante que historicamente liderou a lista de principais preocupações das empresas que aderiram ao e-commerce. Afinal, uma imensidão de certificados digitais e comunicação criptografada são necessários para garantir a segurança tanto da firma quanto do consumidor que inserir seus dados em um site. Mas a pesquisa da FGV-Eaesp aponta que esta tendência mudou a partir de 2007 – as empresas passaram a se preocupar menos com segurança e mais com o relacionamento com clientes. “Claro que a segurança ainda é importante, mas já houve muito avanço nessa área. O consumidor aprendeu a se cuidar. De maneira geral, depois que ele quebra a primeira barreira, acostuma-se a transitar naquele ambiente virtual com segurança”, diz Albertin.

Segundo Salvador, tanto o setor bancário quanto o varejo têm investido muito em tecnologia a fim de preservar a segurança de transmissão de dados financeiros. Para ele, aquele tempo em que as pessoas tinham medo de digitar o número do cartão de crédito já passou. “A gente ainda percebe que praticamente todos os ‘new buyers’ fazem sua primeira compra com baixo tíquete, normalmente um livro ou um CD. Mas depois que a primeira compra dá certo, eles partem para outras. Para a maioria das pessoas, o paradigma da segurança é quebrado logo depois da primeira compra”, diz Salvador.

Baixa renda

Outra mudança recente no setor, de acordo com o diretor da e-bit, é o aumento da participação do público de baixa renda. “Tanto o aumento do poder aquisitivo da classe média quanto a popularização da internet nas residências têm feito com que o varejo preste mais atenção ao e-commerce”, diz. De acordo com ele, esse é um público que é mais sensível às parcelas do financiamento do que ao preço final do produto.

Partindo do princípio de que praticamente todas as lojas on-line vendem parcelado com cartão de crédito, esse comportamento não é coincidência. Projeção feita pela Avenida Brasil diz que 69% dos cartões de crédito do país estão nas mãos de pessoas com renda até R$ 1,7 mil, ou seja, dois em cada três cartões pertencem à base da pirâmide salarial. Em 2008, as classes C, D e E movimentaram R$ 111,8 bilhões com cartões de crédito, o que representou 52% do volume total.


Fonte: http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/economia/conteudo.phtml?id=880589

e-comerce vai girar R$ 10 bi


Em 2008, o Brasil teve 13,2 milhões de compradores on-line, rompendo barreiras culturais e econômicas

Menos riscos, preços competitivos e mais facilidades de pagamento e logística são fatores que, combinados, fazem crescer vertiginosamente o número de pessoas que compram produtos pela internet. No ano passado, o total de compradores on-line no Brasil chegou a 13,2 milhões. Esse tipo de comércio rompe barreiras culturais e econômicas, fato comprovado por pesquisas que mostram que os perfis dos consumidores têm variado, sendo atingidas diversas faixas etárias e classes econômicas.

Segundo a consultoria e-bit, que monitora o mercado eletrônico brasileiro, a marca do ano passado representa um aumento de 39% em relação ao ano anterior e a expectativa é que 2009 termine com 17,2 milhões de compradores nessa modalidade, com uma movimentação anual de R$ 10 bilhões.

Este aumento está baseado, principalmente, na mudança da cultura do brasileiro, que passou a confiar mais nas transações on-line. Segundo especialistas, aspectos como promoções de frete grátis, parcelamentos sem juros e preços mais competitivos em relação ao varejo tradicional devem impulsionar o e-commerce nacional.

Baixa renda

Para Renato Meirelles, sócio-diretor da agência de publicidade Avenida Brasil — especializada em consumo de baixa renda — “o potencial de expansão do e-commerce brasileiro é enorme, já que os consumidores da base da pirâmide econômica (classes C, D, e E) detêm hoje 67% dos cartões de crédito no País, e as vendas de computadores para estas classes vem crescendo”.

Recente pesquisa realizada pela e-bit e o Instituto Análise traçou os perfis dos compradores on-line com renda familiar de até R$ 1.000,00. Foram realizadas 1.041 entrevistas via internet, em todo o Brasil, com esse público específico.

Eletrônicos lideram

Os dados dessa pesquisa mostram que os eletroeletrônicos lideram a lista de produtos mais vendidos, puxados por aparelhos de televisão em cores e telefones celulares. Aparelhos mais caros, como notebooks e televisões de LCD têm ainda baixa penetração no grupo, mas 29% do total dos e-consumidores de baixa renda declaram que pretendem adquirir um computador portátil nos próximos seis meses.

Fora do virtual

Pedro Guasti, diretor geral da e-bit, explica que o estudo pode também apontar preferências e tendências fora do mundo virtual. “Os números permitem acompanhar os hábitos de comportamento e consumo off-line da população de baixa renda, avaliando os critérios de escolha de marcas, produtos e, principalmente, entender suas aspirações, necessidades e preferências”.

SEGURANÇA NA INTERNET

Risco da transação depende do site


O risco de comprar pela internet depende do site onde é vendida a mercadoria. A afirmação é do universitário Rafael Portela, 25 anos, que desde 2004 compra com freqüência eletroeletrônicos e tênis em sites especializados.

“Tem sites que pedem pagamento apenas no boleto bancário; desses eu desconfio. Mas se for de uma loja conhecida, que trabalha com cartões de crédito e entrega no Sedex a cobrar, eu compro sem problemas”, afirma com segurança.

Ele conta que nunca saiu no prejuízo com as transações on-line e que a principal vantagem desse tipo de comércio é o preço melhor. “Quase sempre é mais barato. Quando uma rede tem um site e uma loja, o site tem preço mais baixo. As condições de pagamento, o frete grátis também contam na hora da escolha”, comenta.

Desde que começou a comprar pela web, Portela já adquiriu três pares de tênis, dois aparelhos MP4 player, som automotivo e mini system, além de ter vendido um relógio.

“O comércio virtual tem crescido muito e vem se aperfeiçoando, com ferramentas de segurança e vantagens para os consumidores. Porém, com o aumento da demanda, o número de sites perigosos, que armam fraudes, também cresce”, alerta Rafael Portela.

O universitário obedece rigorosamente duas regras que, para ele, garantem a segurança das compras pela internet. “A primeira coisa que eu faço, em casos de sites que não conheço, é pesquisar a procedência, perguntando aos amigos se alguém já comprou dele´, diz. ´Outro procedimento é digitar o endereço na barra do navegador. Nunca compro num site para o qual fui redirecionado por outro. Assim, garanto que estou no site original”, acrescenta Portela.

fonte: http://www.ebitempresa.com.br/clip.asp?cod_noticia=2982π=1

domingo, 10 de maio de 2009

Baixa renda impulsiona comércio eletrônico

Estudo de agência especializada em consumo de baixa renda aponta que 75% dos internautas que compram on-line tem renda de até cinco salários mínimos.

Nos últimos dois anos, a população das classes C, D e E passaram a consumir mais produtos e serviços por meio do comércio eletrônico, ganhando posição de destaque no atual cenário econômico. É o que conclui estudo da Avenida Brasil, agência de publicidade especializada em consumo de baixa renda. Segundo a agência, 75% dos internautas tem renda de até cinco salários mínimos mensais.

Além disso, a análise também estima que 70% do potencial de expansão do setor venha destas três classes. Hoje, a maioria dos computadores está em domicílios da classe C, que cresceu e representa, de acordo com a Fundação Getulio Vargas, cerca de 53% da população.

Para o consultor e especialista Renato Meirelles, "o potencial de expansão do e-commerce brasileiro é enorme, já que os consumidores da base da pirâmide econômica detem hoje 69% dos cartões de crédito no país e as vendas de computadores para estas classes vem crescendo". Meirelles, que realiza várias pesquisas na área, vê a inclusão dessa nova faixa de consumidores não só como uma ferramenta importante para driblar a crise, mas também um caminho importante para o varejo.

Fonte: http://consumidormoderno.uol.com.br/canais/relacoes-de-consumo/baixa-renda-impulsiona-e-commerce/view

quarta-feira, 15 de abril de 2009

TV e celular são os mais comprados por usuários de baixa renda na web

Pesquisa do e-bit e Instituto Análise aponta preferências dos consumidores online com renda familiar de até R$ 1.000 mensais.


Televisores e celulares são os eletroeletrônicos mais procurados pela população de baixa renda em suas compras online. O dado é da pesquisa divulgada nesta sexta-feira (13/03), realizada pelo e-bit junto ao Instituto Análise.O estudo revelou que notebooks e
TVs LCD
ainda têm baixa penetração nas famílias com renda mensal de até 1.000 reais, apesar de serem produtos

bastante desejados.Vinte e nove por cento dos dos consumidores online declaram que pretendem comprar um notebook nos próximos seis meses, enquanto 22% pretendem comprar uma TV LCD, e 26% pretendem adquirir uma câmera digital.Entre os homens, os produtos mais comprados são TV LCD, TV de Plasma e DVD. Já as mulheres preferem adquirir portáteis como MP3 e MP4 player, iPod e câmeras fotográficas.A pesquisa também aponta que os consumidores online de baixa renda mais jovens são mais propensos a consumir lançamentos, como
MP3 e MP4 player, iPod, câmera digital e notebooks. Entre os mais velhos, os eletroeletrônicos mais comprados são televisores, celulares, DVDs e computadores.A pesquisa voltada a entender os hábitos e tendências dos consumidores online considerou pessoas com renda familiar de até 1.000 reais que realizaram alguma compra online.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Mesmo desconfiada, baixa renda movimenta R$ 620 bilhões por ano no comércio


"O Brasil vem sofrendo mudanças profundas em sua estrutura de consumo. A inversão da pirâmide de renda colocou milhões de brasileiros no universo da compra". Esses brasileiros são considerados de baixa renda, mas, quando se fala em consumo, os números ganham corpo, afinal, esses consumidores representam 76% do consumo geral, 79% do consumo de alimentos e movimentam com compras, por ano, R$ 620 bilhões.

A afirmação e os dados são do publicitário e sócio-diretor da agência Avenida Brasil, Renato Meirelles, que discutiu as questões do consumidor de baixa renda em seminário realizado e organizado pelo Canal Executivo na última quarta-feira (25), em São Paulo.

O publicitário coordenou uma pesquisa que detectou que a nova classe média brasileira pertence às camadas C, D e E, mas quem puxa o consumo e sustenta esse novo cenário é a classe C, cuja renda média mensal é de R$ 1,9 mil. "A classe C ganhou 20 milhões de pessoas nos últimos anos", afirma Meirelles.

Por isso, ele atenta para o fator de que investir na potencialidade desse consumidor é o caminho para qualquer ramo do varejo. É preciso, para isso, destacar as diferenças no comportamento desses brasileiros com relação ao consumo. "A alta renda compra para ser diferente. A baixa renda consome para fazer parte, é uma forma de sociabilização, ela tem necessidade de inclusão".

Um consumidor desconfiado

A dificuldade em ter uma renda que supra suas necessidades básicas fez desses brasileiros consumidores mais conservadores. Para Meirelles, eles são naturalmente desconfiados.

Esse temor aumenta em tempos de crise. Sinal disso é a menor demanda por crédito. "O problema do crédito no Brasil não é falta de oferta, mas a queda da demanda", afirma.

Outro dado que reflete essa desconfioança está relacionado aos cartões de crédito. Cerca de 69% dos cartões estão nas mãos desses consumidores; são mais de 86 milhões de cartões. No entanto, Meirelles constatou que eles temem em utilizar a moeda de plástico.

Essa desconfiança tem um fundamento básico: o medo de contrair dívidas. Para barrar essa desconfiança, Meirelles atenta que o varejo, de forma, geral, deve dar alternativas. "Esses consumidores precisam de estímulo para consumir".

Um consumidor em potencial

Para Meirelles, esses brasileiros ainda têm alto potencial para se tornarem consumidores ativos. Ele lembra que, além do crédito, a alta dos rendimentos acima da inflação e os programas de distribuição de renda são ferramentas que ajudam esses brasileiros a consumir.

Somente neste ano, o aumento de 12% do salário mínimo injetou quase R$ 21 bilhões a mais na economia brasileira. O programa Bolsa Família, injetou em 2008 outros R$ 11 bilhões. Meirelles lembra que essas medidas, que atingem com maior intensidade as classes mais baixas, estimulam o consumo.

Segundo ele, no entanto, apesar do montante que movimentam, esses brasileiros ainda não sabem consumir. "Eles estão tendo dificuldades em consumir, ninguém ensinou isso a eles. Milhões já têm bolso de classe média, mas cabeça de baixa renda", constata.

Por: Equipe InfoMoney
26/03/09 - 17h04
InfoMoney



domingo, 29 de março de 2009

Uma análise do e-commerce B2C

Uma análise do comércio eletrônico business-to-consumer.

A última milha

Desafios para Varejistas Online na Entrega B2C.

A Robust Distributed Broker Framework for Trust and Reputation Management

Um sólido quadro de confiança distribuída broker, reputação e gestão. Veja mais...

Moderating the Price Sensitivity of Online Customers

Moderando a sensibilidade aos preços dos clientes online. Veja a matéria aqui.

In-house communication support system utilizing social network

Aumentando a comunicação no mundo real e as relações humanas. Veja o artigo.

O comércio eletrônico C2C

Conhecida pelo mundo da Internet como C2C, abreviação simplificada de “Consumer to Consumer”, a transação on-line realizada entre pessoas físicas é uma espécie de “terceira onda” do comércio eletrônico. No início dos negócios na Internet, predominaram as transações entre empresas; em um segundo momento, assistimos a um forte crescimento das transações entre a empresa e o consumidor, e agora começa a se destacar também o comércio eletrônico realizado diretamente entre pessoas físicas. Essa ordem de evolução faz sentido se considerarmos que as empresas, por sua característica de inovação, estavam inicialmente mais preparadas para desbravar o novo ambiente de negócios. A partir do momento em que as pessoas físicas ganharam confiança na Internet, começaram a transacionar com as empresas e também diretamente com outras pessoas. É interessante lembrar que a economia tradicional também apresenta ambientes de negócios do tipo C2C, como é o caso do jornal Primeira Mão, que possibilita a compra e a venda de produtos por meio de anúncios. Também as vendas de porta em porta, como as promovidas por Avon, Natura e outras, caracterizam-se pela transação entre duas pessoas físicas, embora, nesse caso, exista uma empresa dando respaldo ao vendedor. Na Internet, a grande líder do mercado C2C é a empresa Mercado Livre.

Como funciona o comércio eletrônico C2C?

Os negócios C2C são realizados por meio de uma plataforma eletrônica na Internet e intermediados por uma empresa que oferece a infra-estrutura tecnológica e administrativa. Tanto o comprador quanto o vendedor devem estar cadastrados no sistema e podem ser avaliados por todos os membros da comunidade de negócios pela quantidade de transações que já realizaram e pelas notas que receberam em cada transação, numa espécie de ranking dos bons negociadores. Outro mecanismo que oferece mais segurança aos usuários é o chamado “mercado pago”, um sistema com o qual o Mercado Livre recebe o pagamento do comprador e o transfere ao vendedor, após a entrega normal da mercadoria. Alguns dados sobre o e-commerce C2C, obtidos junto ao Mercado Livre, parecem indicar fortes tendências: apesar de o negócio ter sido iniciado no formato de leilão, atualmente, cerca de 90% das transações no Mercado Livre são realizadas a um preço fixo estabelecido pelo vendedor; além disso, 80% dos produtos oferecidos são novos, diferentemente do que ocorria no início, onde a regra era a comercialização de produtos usados; e, por fim, nota-se, cada vez mais, a presença também de pequenas empresas oferecendo seus produtos.

Razões para o sucesso do comércio eletrônico C2C

A realidade é que os negócios C2C caíram no gosto do brasileiro, assim como já ocorre em outros países, e os números apresentados pelo Mercado Livre, no Brasil, deixam isso muito claro. Mensalmente, cerca de um milhão de transações são concretizadas na plataforma da empresa e, em 2005, as vendas superaram U$ 300 milhões, cerca de 10% das vendas B2C de bens de consumo on-line no Brasil. As principais razões para esse crescente sucesso do C2C são: a possibilidade de uma renda extra para quem vende e as ofertas a preços baixos para quem compra, fatores extremamente estimulantes em um país caracterizado cada vez mais por poucos empregos e baixa renda.

Por: Dailton Felipini é mestre e graduado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. Professor de comércio eletrônico na Universidade Mackenzie. Pesquisador, especialista em e-commerce, consultor e editor do site www.e-commerce.org.br.


sábado, 21 de março de 2009

Comércio eletrônico conquista classes C e D

Hoje mais de 39 milhões de brasileiros têm acesso à internet, sendo que entre eles, 24% utilizam o comércio eletrônico. Os dados, fornecidos pelo Webshoppers em parceria com o e-bit, ainda apontam que os produtos eletrônicos, seguido dos livros, revistas e jornais, foram os mais vendidos no último Natal, 17% e 16% das vendas respectivamente. O mercado virtual, antes praticamente restrito às classes A e B – que tinham acesso à internet, agora se abre para consumidores de classes sociais mais baixas. A democratização da internet, a possibilidade de comparação de preço sem sair de casa e o acesso a produtos antes não encontrados no comércio local, somado ao avanço no poder de compra das classes C e D são, segundo alguns especialistas, o motivo do crescimento em regiões menos desenvolvidas, como Norte e Nordeste do país.

“Nos últimos cinco anos o mercado apresentou crescimento de aproximadamente 45% e o resultado é, em grande parte, em função do crescimento nas vendas para consumidores de baixa renda e nos estados menos desenvolvidos”, explica Gerson Rolim, diretor executivo da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. O mercado, que movimentou R$ 6.3 bilhões no Brasil em 2007, segundo publicação da e-bit em parceria com a camara-e.net, espera chegar na casa dos R$ 10,5 bi até 2010, o que é bastante representativo para um mercado online relativamente novo, como é o brasileiro. A expectativa é que o número de e-consumidores chegue a 10 milhões até o final deste semestre.

Uma das empresas que tem acreditado no potencial desse mercado é o shopping virtual Tradepar (www.tradepar.com.br), criado em Curitiba em 2004. O site já conta com mais de 70 lojas de todo o Brasil e hoje já comemora mais de 750 mil visitantes e oito milhões de page views mensalmente, além do crescimento diário de 3%. “O e-comércio é promissor e estamos nos adaptando às demandas atuais para satisfazer o cliente, investindo muito em segurança e conforto na hora da compra”, afirma Edson Vieira, diretor do shopping virtual.

Segurança na internet

Quando o assunto é compra online a segurança é sempre importante. Hoje em dia muitas pessoas se utilizam da facilidade de construir uma loja e vender produtos na internet para aplicar golpes. O diretor do Tradepar explica que grande parte dos sites comparativos de preço trabalha com códigos de isenção de responsabilidade em relação às lojas anunciadas. Com isso, não respondem por possíveis fraudes na hora da compra. “Isso prejudica a imagem da venda online de maneira genérica. Os shoppings virtuais sérios trabalham constantemente para oferecer um espaço seguro na internet, em que anunciantes e clientes possam confiar”, explica.

Vieira destaca que o foco do Tradepar não é ser um comparativo de preços, como os grandes sites de venda online, mas sim oferecer segurança e qualidade aos seus clientes. “A maioria das nossas lojas anunciantes existe fisicamente. Antes de entrar para o shopping, a loja é submetida a uma pesquisa sobre a sua idoneidade e procedência. Buscamos lojas sérias, com políticas claras de entrega e devolução de produtos. Desta forma, ganhamos a confiança dos clientes, que passam a comprar na internet com mais tranqüilidade”. Outro diferencial de alguns shoppings virtuais, como o Tradepar, é que os anunciantes fecham contratos semestrais e anuais, o que não acontece na maioria dos casos, em que a loja paga por clique e tem um vínculo menor com o site ou portal de vendas.

Um movimento que está ficando conhecido na web é o Internet Segura (Internetsegura.org), que incentiva a participação coorporativa em prol da segurança na rede. Lá é possível encontrar dicas de como se proteger na internet, entender os termos utilizados pelos sites (adware, assinatura digital, ataque etc.) e ter acesso à central de apoio ao internauta, em que é possível fazer perguntas específicas e tirar dúvidas.

Na opinião de Rolim, da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, comprar nas lojas “offline” oferece tantos riscos ou mais do que na internet “Ir ao shopping também pode ser perigoso. Acidentes no trânsito, roubos na loja, clonagem de cartão, tudo isso pode acontecer”, afirma. “Por isso garanto que comprar na internet é seguro, o cliente precisa apenas tomar alguns cuidados, como em qualquer outro estilo de compra” completa.

Dicas básicas para se proteger antes de comprar na internet:

1) É seguro preencher cadastros em sites que usem pelo menos SSL como criptografia de dados. O SSL é uma conexão segura (endereços iniciados em https:// e com o cadeado ativado). Clique no cadeado e verifique se a informação do certificado corresponde com o endereço na barra de endereços do navegador;

2) É seguro baixar arquivos em sites conhecidos e que tenham política de privacidade e segurança claras;

3) É seguro fazer operações de Internet banking direto no site do banco. Sempre entre no Internet Banking digitando o endereço no navegador. Jamais utilize links de e-mail ou bookmarks (favoritos);

4) É seguro fazer compras com cartões de crédito em lojas virtuais com marcas reconhecidas;

5) É sempre bom procurar por lojas que tenham alguma referência no mercado e com canais de atendimento ao consumidor;

6) Certificação Digital - o uso de uma identidade digital, ou certificado digital, favorece a segurança de uma comunicação ou transação on-line, pois através delas, fica garantido a identidade do usuário.

Fonte: Paranashop

sábado, 7 de março de 2009

A vez da baixa renda no e-commerce

Os consumidores das classes C, D e E representam 72% do mercado potencial do comércio eletrônico em São Paulo, segundo pesquisa recente do Data Popular e da McCann Ericksonn. O número representa a proporção de pessoas da baixa renda entre os consumidores que têm os meios de fazer compras pela Internet (possuem computador e cartão de crédito) mas nunca fizeram.

Para Renato Meirelles, coordenador da pesquisa, este número indica que o e-commerce no Brasil ainda tem muito potencial de crescimento. “Só na cidade de São Paulo, são 3,1 milhões de pessoas com computador e cartão de crédito que nunca compraram pela internet, sendo que 2,2 milhões delas estão nas classes mais pobres”, comenta o executivo. “E esta não é uma tendência isolada em São Paulo. No Brasil todo, a venda de computadores está aumentando, devido à expansão do crédito, e a baixa renda já detém 67% dos plásticos do país”, completa Renato.

Outro ponto que reforça esta tese é de que a baixa renda impulsionará as vendas de computadores. “Em 2007, em função das classes populares, a venda de computadores foi 30% maior do que de televisores”, complementa o executivo.

A expectativa, segundo Meirelles, é que este mercado ainda aumente muito, à medida que os novos consumidores em potencial se familiarizarem com o ambiente virtual para se sentirem seguros em comprar pela rede. As dúvidas com relação à segurança dos dados pessoais e à entrega dos produtos ainda são os principais obstáculos para o crescimento do e-commerce. De acordo com a pesquisa, em comparação às classes AB, o acesso à internet e aos meios de pagamento é uma novidade para a base da pirâmide.

“Esse público não confia em algo que não pode tocar, além de as notícias sobre fraudes virtuais fazerem com que o consumidor tema divulgar o seu número de cartão, não receber o produto, ou simplesmente comprar errado e não conseguir trocar”, explica o consultor. De acordo com a pesquisa, o principal desafio é tornar o e-commerce tão confiável quanto o varejo. “Essa é uma relação que ainda precisa ser construída e nesse momento, conquistarão o mercado on-line as empresas que souberem usar a Internet da maneira mais adequada a esse público”, finaliza.


Fonte: www.consumidormoderno.com.br