domingo, 24 de maio de 2009

e-comerce vai girar R$ 10 bi


Em 2008, o Brasil teve 13,2 milhões de compradores on-line, rompendo barreiras culturais e econômicas

Menos riscos, preços competitivos e mais facilidades de pagamento e logística são fatores que, combinados, fazem crescer vertiginosamente o número de pessoas que compram produtos pela internet. No ano passado, o total de compradores on-line no Brasil chegou a 13,2 milhões. Esse tipo de comércio rompe barreiras culturais e econômicas, fato comprovado por pesquisas que mostram que os perfis dos consumidores têm variado, sendo atingidas diversas faixas etárias e classes econômicas.

Segundo a consultoria e-bit, que monitora o mercado eletrônico brasileiro, a marca do ano passado representa um aumento de 39% em relação ao ano anterior e a expectativa é que 2009 termine com 17,2 milhões de compradores nessa modalidade, com uma movimentação anual de R$ 10 bilhões.

Este aumento está baseado, principalmente, na mudança da cultura do brasileiro, que passou a confiar mais nas transações on-line. Segundo especialistas, aspectos como promoções de frete grátis, parcelamentos sem juros e preços mais competitivos em relação ao varejo tradicional devem impulsionar o e-commerce nacional.

Baixa renda

Para Renato Meirelles, sócio-diretor da agência de publicidade Avenida Brasil — especializada em consumo de baixa renda — “o potencial de expansão do e-commerce brasileiro é enorme, já que os consumidores da base da pirâmide econômica (classes C, D, e E) detêm hoje 67% dos cartões de crédito no País, e as vendas de computadores para estas classes vem crescendo”.

Recente pesquisa realizada pela e-bit e o Instituto Análise traçou os perfis dos compradores on-line com renda familiar de até R$ 1.000,00. Foram realizadas 1.041 entrevistas via internet, em todo o Brasil, com esse público específico.

Eletrônicos lideram

Os dados dessa pesquisa mostram que os eletroeletrônicos lideram a lista de produtos mais vendidos, puxados por aparelhos de televisão em cores e telefones celulares. Aparelhos mais caros, como notebooks e televisões de LCD têm ainda baixa penetração no grupo, mas 29% do total dos e-consumidores de baixa renda declaram que pretendem adquirir um computador portátil nos próximos seis meses.

Fora do virtual

Pedro Guasti, diretor geral da e-bit, explica que o estudo pode também apontar preferências e tendências fora do mundo virtual. “Os números permitem acompanhar os hábitos de comportamento e consumo off-line da população de baixa renda, avaliando os critérios de escolha de marcas, produtos e, principalmente, entender suas aspirações, necessidades e preferências”.

SEGURANÇA NA INTERNET

Risco da transação depende do site


O risco de comprar pela internet depende do site onde é vendida a mercadoria. A afirmação é do universitário Rafael Portela, 25 anos, que desde 2004 compra com freqüência eletroeletrônicos e tênis em sites especializados.

“Tem sites que pedem pagamento apenas no boleto bancário; desses eu desconfio. Mas se for de uma loja conhecida, que trabalha com cartões de crédito e entrega no Sedex a cobrar, eu compro sem problemas”, afirma com segurança.

Ele conta que nunca saiu no prejuízo com as transações on-line e que a principal vantagem desse tipo de comércio é o preço melhor. “Quase sempre é mais barato. Quando uma rede tem um site e uma loja, o site tem preço mais baixo. As condições de pagamento, o frete grátis também contam na hora da escolha”, comenta.

Desde que começou a comprar pela web, Portela já adquiriu três pares de tênis, dois aparelhos MP4 player, som automotivo e mini system, além de ter vendido um relógio.

“O comércio virtual tem crescido muito e vem se aperfeiçoando, com ferramentas de segurança e vantagens para os consumidores. Porém, com o aumento da demanda, o número de sites perigosos, que armam fraudes, também cresce”, alerta Rafael Portela.

O universitário obedece rigorosamente duas regras que, para ele, garantem a segurança das compras pela internet. “A primeira coisa que eu faço, em casos de sites que não conheço, é pesquisar a procedência, perguntando aos amigos se alguém já comprou dele´, diz. ´Outro procedimento é digitar o endereço na barra do navegador. Nunca compro num site para o qual fui redirecionado por outro. Assim, garanto que estou no site original”, acrescenta Portela.

fonte: http://www.ebitempresa.com.br/clip.asp?cod_noticia=2982π=1

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